E por falar em velhice, lamentavelmente (essa é a expressão mais correta) tem muitos que, esquecendo-se do quanto aquela determinada pessoa teve uma participação bastante significativa em suas vidas, vão se afastando de tal maneira, indiferentes, que ela torna-se como que "invisível" e, dependendo das circunstâncias, ela passa até a se tornar um "estorvo" a ponto de fazerem uma "reserva" em qualquer asilo que esteja disponível e a esquece. E, dependendo do ambiente em que viveu, das pessoas com quem conviveu, caso não sejam muito dados a consideração, ao respeito e, principalmente, a princípios cristãos, aí é que o "véio sofre" mesmo porque ele estará condenado ao esquecimento. Talvez lembrar-se-ão dele quando forem notificados sobre sua morte pelos responsáveis do asilo em que ficou por muito tempo na qualidade de "hóspede". Acredito que são esses fatos que contribuem para que ele "parta para uma melhor" mais cedo do que imaginava. Baseando-me em algo que li sobre a condição do idoso, sobre a falta de sensibilidade para com o mesmo da parte de algumas pessoas e tantas outras que muitas vezes o torna como que "figura invisível" literalmente falando, a exemplo de uma reflexão recebida que fala que o idoso se torna "invisível" em determinados momentos de sua vida, criei uma nova mensagem/reflexão (reproduzida abaixo) sobre essa condição pela qual muitos, infelizmente, passam. Mas, dando "uma voltinha" pela internet, ví uma matéria muito interessante da Dra. Maria Célia de Abreu no jornalzinho nº 34, intitulado "Maturidades", que achei por bem incluir como parte dessa matéria sobre o idoso para que reforçasse o que está contido nesse novo trabalho. Eis o belíssimo trecho da matéria da citada Dra. Maria Célia: "Prefiro imaginar a vida, não como uma montanha que se sobe e depois se desce, mas como uma estrada que se percorre, com terrenos diversos, ladeiras íngremes, trechos desérticos sob sol escaldante e solo cheio de pedregulhos pontiagudos. Haverão, entretanto, trechos sob árvores frondosas, que fornecerão sombra e frutos, ou campos floridos. Em certos momentos, caminharemos animadamente em alegres grupos e, em outros, caberá a nós vencer a distância, sozinhos, quem sabe até no escuro?"
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